A creatina e a cafeina estão liberadas para comercialisação e uso, liberada já há quase um mes ainda é um pouco dificil encontra tais suplementos de origem nacional.
A Anvisa, no entanto, não recomenda o uso desses suplementos por praticantes de exercícios físicos para recreação, estética e promoção da saúde. Segundo a diretora da Agência, Maria Cecília Brito, os chamados atletas de fim de semana não necessitam de grande explosão física. “Uma dieta balanceada, diversificada é suficiente para atender as necessidades nutricionais destas pessoas
A diretora da Anvisa justificou a liberação argumentando que a proibição vigorava até hoje por conta da falta de estudos sobre o efeito dessas substâncias na saúde do atleta. “Não se tinha segurança sobre o uso dessas substâncias. Até hoje, os produtos que tinham no mercado eram todos clandestinos. A partir de agora, com os estudos que foram feitos, eles podem ser comercializados
O Brasil era o último país do mundo que ainda não havia liberado a comercialização de suplementos de creatina, afirma Bruno Gualano, do Laboratório de Nutrição Experimental e Metabolismo Aplicados à Atividade Motora da Escola de Educação Física e Esporte da USP e pesquisador do Laboratório de Avaliação e Condicionamento em Reumatologia do Hospital das Clínicas.
Nada a ver com doping
“É preciso deixar claro que creatina não tem nada a ver com doping. Ela é encontrada em alimentos tão comuns quanto carne, e o ser humano possui enzimas que processam essa substância. Em uma população como a brasileira, que consome muita carne, todos seriam tecnicamente dopados”, pondera Gualano, que pesquisa o tema há nove anos.
“A creatina tem um potencial terapêutico imenso e não há risco adverso. O maior efeito é ganho de peso corporal. Tudo mais, podemos dizer, é lenda.” A principal objeção que alguns especialistas apontam em relação ao consumo de creatina é um suposto efeito prejudicial sobre as funções renais. “Nós já elaboramos uma série de trabalhos apontando que a creatina não prejudica a função renal”, afirma Gualano. “Mesmo em alguns casos de distrofia muscular já pesquisados há efeitos benéficos comprovados.”
Diabetes e memória
Gualano vai mais longe, e explica que pesquisas atuais avaliam o uso de creatina no tratamento de diabéticos. “Ela melhora o controle metabólico em caso de diabetes. Aumenta proteína para colocar açúcar do sangue para dentro do músculo. É similar à metformina, o medicamento antidiabetes mais empregado.” Há estudos também, ainda segundo Gualano, para aferir efeitos da creatina no campo da cognição em geral, melhorando memória e aprendizagem.
Para o especialista – que enfatiza não ter nenhum vínculo com laboratórios que comercializam a creatina – há preconceito contra o substrato energético porque a creatina é barata e não patenteável, o que desestimula a proliferação de pesquisas sobre seus efeitos. “A proibição que vigorava até hoje agravava essa situação, porque os comitês de ética das universidades não se sentiam confortáveis em autorizar pesquisas. O Brasil era o único que proibia. A França chegou a proibir por algum tempo com base em argumentos de baixa
Fonte:G1
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